A auto-hemoterapia foi usada pela primeira vez em 1898 e amplamente
empregada até meados do século passado. Depois, continuou livremente
praticada no mundo inteiro, mas apenas por pequenos grupos de
especialistas realmente voltados para a recuperação da saúde de seus
pacientes. Com a entrevista do dr. Luiz Moura em 2004, gravada em DVD,
e depois livremente divulgada na internet, começou a difusão mundial em
escala da auto-hemoterapia. A técnica foi colocada em desuso por uma
ação criminosa dos laboratórios farmacêuticos transnacionais,
preocupados não em curar doenças, mas com seus lucros. Estes
laboratórios divulgavam que a auto-hemoterapia era uma técnica
"antiga", e que a solução para a cura das doenças seriam os
antibióticos. Atualmente, ainda pela internet, vasta literatura
científica foi resgatada e a auto-hemoterapia volta a ser considerada
uma técnica de cura fundamental. Há cientistas que defendem: "A
auto-hemoterapia deve ser aplicada em todos os primeiros atendimentos
médicos nos pronto-socorros e, em comunidades carentes e áreas remotas,
como medida preventiva. Nos pronto-socorros, antes mesmo do diagnóstico
da doença que atinge o paciente. A técnica é eficaz, barata e simples,
e cura ao aumentar a imunidade em quatro vezes. ...". Esta recomendação
é feita em "PhD: NA GUERRA ÀS DOENÇAS, A AUTO-HEMOTERAPIA DEVE SER
USADA NA LINHA DE FRENTE EM TODOS OS PRONTOS-SOCORROS E EM COMUNIDADES
REMOTAS", pelo autor de "Autohemotherapy Reference Manual - Definitive
Guide and Historical Review From Bloodletting to Stemcells - A
technical report by Stuart Hale Shakman". Shakman, PhD, é diretor
executivo do Instituto de Ciências de Santa Mônica, Califórnia, nos
Estados Unidos da América (USA)", artigo disponível neste blog Sapo.
Veja a síntese que o dr. Luiz Moura, hoje com 87 anos, fez sobre
autó-hemoterapia. Auto-Hemoterapia Dr. Luiz Moura AUTO-HEMOTERAPIA É um
recurso terapêutico de baixo custo, simples que se resume em retirar
sangue de uma veia e aplicar no músculo, estimulando assim o Sistema
Retículo-Endotelial, quadruplicando os macrófagos em todo organismo.
LUIZ MOURA SUMÁRIO A técnica é simples: retira-se o sangue de uma veia
- comumente da prega do cotovelo - e aplica-se no músculo, braço ou
nádega, sem nada acrescentar ao sangue. O volume retirado varia de 5ml
a 20ml, dependendo da gravidade da doença a ser tratada. O sangue,
tecido orgânico, em contato com o músculo, tecido extra-vascular,
desencadeia uma reação de rejeição do mesmo, estimulando assim o S.R.E.
A medula óssea produz mais monócitos que vão colonizar os tecidos
orgânicos e recebem então a denominação de macrófagos. Antes da
aplicação do sangue, em média, a contagem dos macrófagos gira em torno
de 5%. Após a aplicação a taxa sobe e, ao fim de 8h, chega a 22%.
Durante 5 dias permanece entre 20 e 22%, para voltar aos 5% ao fim de 7
dias a partir a aplicação da auto-hemoterapia. A volta aos 5% ocorre
quando não há sangue no músculo. As doenças infecciosas, alérgicas,
auto-imunes, os corpos estranhos como os cistos ovarianos, miomas, as
obstruções de vasos sangüíneos são combatidas pelos macrófagos, que,
quadruplicados, conseguem assim vencer estes estados patológicos ou,
pelo menos, abrandá-los. No caso particular das doenças auto-imunes, a
autoagressão decorrente da perversão do Sistema Imunológico é desviada
para o sangue aplicado no músculo, melhorando assim o paciente. 1.
HISTÓRICO Em 1911, F. Ravaut registra: modo de tratamento auto (uno
mismo, haima - sangra) empregado em diversas enfermidades infecciosas,
em particular na febre tifóide e em diversas dermatoses. Ravaut usa a
autohemoterapia em certos casos de asma, urticária e estados
anafiláticos (dicionário enciclopédico de medicina, T.1, de L. Braier).
Em 1941 o Dr. Leopoldo Cea, no Dicionário de Términos Y Expressiones
Hematológicas, pg 37, cita: Auto-hemoterapia, método de tratamento que
consiste en injetar a uno indivíduo cierta cantidad de sangre total
(suero Y glóbules), tomada de este mismo indivíduo. H. Dousset -
Auto-Hemoterapia - Técnicas indispensáveis. É útil em certos casos para
dessensibilizações - 1941. Stedman - Dicionário Médico - 25ª edição -
1976 - pág 129 - Autohemotherapy - Auto-hemoterapia - tratamento da
doença pela retirada e reinjeção do sangue do próprio paciente. 1977 -
Index Clínico - Alain Blacove Belair - Auto-hemoterapia - terapêutica
de dessensibilização não específica. Entretanto foi o professor Jésse
Teixeira que provou que o S.R.E. era ativado pela auto-hemoterapia, em
seu trabalho publicado e premiado em 1940 na Revista Brasil -
Cirúrgico, no mês de Março. Jésse Teixeira provocou a formação de uma
bolha na coxa de pacientes, com cantárida, substância irritante. Fez a
contagem dos macrófagos antes da auto-hemoterapia, a cifra foi de 5%.
Após a auto-hemoterapia a cifra subiu a partir da 1ª hora, chegando
após 8 horas a 22%. Manteve-se em 22% durante 5 dias, e finalmente
declinou para 5% no 7º dia após a aplicação. A AÇÃO TERAPÊUTICA DA
AUTO-HEMOTERAPIA Entre 1943 e 1947, quando cursava a Faculdade Nacional
de Medicina, apliquei a auto-hemoterapia cumprindo ordem de meu pai,
Professor Pedro Moura, nos pacientes que ele operava na Casa de Saúde
S. José no Rio de Janeiro. A primeira aplicação era feita na residência
do paciente e a 2ª, 5 dias depois, na Casa de Saúde, no quarto do
paciente, e era sempre de 10ml. A finalidade da aplicação era evitar
infecção ou outra complicação infecciosa pulmonar, já que a anestesia
na época era em geral com éter, que irritava bastante os pulmões. O
cirurgião geral, Dr. Pedro Moura adotou este método face ao sucesso do
Professor Jésse Teixeira, que registrou em 150 cirurgias as mais
variadas, 0% de complicações infecciosas post-operatórias, em 1940.
Depois de formado continuei a aplicar a auto-hemoterapia apenas em
casos de acne juvenil e algumas dermatoses de fundo alérgico.
Entretanto, devo ao Dr. Floramante Garófalo, em 1976, quando este tinha
então 71 anos, o conhecimento que resultou em mais abrangência da ação
terapêutica da auto-hemoterapia. Em março de 1976 o Dr. Garófalo
queixou-se de fortes câimbras em sua perna direita quando caminhava
mais de 100 metros. Sugeri ao colega que procurasse o angiologista, Dr.
Antônio Vieira de Melo. Este decidiu fazer arteriografia da femural
direita, sendo constatada obstrução de cerca de 10cm ao nível do terço
médio da coxa direita. O angiologista disse ao Dr. Garófalo que
resolveria o problema com uma prótese, que substituiria o segmento da
artéria femural obstruída. O Dr. Garófalo disse ao angiologista que "não
quero me tornar um homem biônico, amanhã terei outra artéria obstruída
e terei que colocar novas próteses. Vou resolver o problema com a
auto-hemoterapia". Eu então me ofereci para fazer as aplicações.
Durante 4 meses, de 7 em 7 dias, aplicava 10ml de sangue no Dr.
Garófalo, que então decidiu se submeter a nova arteriografia de femural
direita, já que podia caminhar normalmente. Porém, o Dr. Antônio Vieira
de Melo acreditava que era impossível que a artéria estivesse livre da
obstrução, atribuindo a melhora à sugestão. Repetida a arteriografia,
não havia mais nenhuma obstrução na femural direita. Foi então que o
Dr. Garófalo me presenteou com os trabalhos de Jésse Teixeira, de 1940
e de Ricardo Veronesi, de 1976. O estímulo do S.R.E comprovado por
Jésse Teixeira e as ações deste, bem explicadas no trabalho de Ricardo
Veronesi, explicavam a desobstrução da artéria femural de Garófalo e
abriam um enorme campo no tratamento das doenças auto-imunes. Em
setembro de 1976 internou-se na Clínica Médica do Hospital Cardoso
Fontes uma paciente cujo diagnóstico foi esclarecido pela consultora
dermatológica da Clínica, Dra. Ryssia Álvares Florião. Feitas as
biópsias nas mamas, abdômen e coxa de A. S. O. (F) - 52 anos,
encaminhadas estas à patologista do Hospital, Dra. Glória de Morais
Patello, o diagnóstico foi: esclerodermia, fase final. A Dra. Ryssia,
que tinha sido residente em Clínica Dermatológica nos Estados Unidos da
América, em Nova York, para onde convergiam os pacientes com E. S. P.,
disse que pouco podia fazer pela paciente, pois aquela Clínica era nada
mais que um depósito de esclerodérmicos". Iniciei o tratamento da
paciente com E. S. P., no dia 10/09/1976. Para provocar o desvio
imunológico, e assim aliviar a paciente, apliquei 5ml de sangue em cada
deltóide e 5ml em cada glúteo, de 5 em 5 dias. A paciente já não
caminhava há 8 meses e não deglutia sólidos, só líquidos, devido à
estenose do esôfago. Dia 10/10/1976 a paciente saía andando do
Hospital, com alta melhorada assinada pela Dra. Ryssia. A paciente
continuou o tratamento com a dose reduzida para 10ml de sangue por
semana. Em maio de 1977 a paciente A. S. O. foi reinternada para
avaliação, sendo constatada grande melhora em relação ao dia
10/10/1976, quando teve alta no ano anterior. Surgiu na ocasião um
concurso patrocinado pelo Laboratório Roche - Hospital Central da
Aeronáutica. Redigimos então um trabalho minuciosamente documentado,
tanto com exames complementares como também com fotografias em slides
da paciente, em setembro de 1976 e maio de 1977. O concurso, cujo tema
era originalidade, não publicou o trabalho. A partir deste caso, em que
a auto-hemoterapia comprovou ser poderosa arma terapêutica em doenças
auto-imunes, passei a aplicá-la também em doenças alérgicas, com
excelente resultado. Apresentarei resumidamente alguns casos que
merecem destaque: . 1980 - M. das G. S. - 28 anos, funcionária da
Petrobrás. Diagnóstico esclerodermia sistêmica progressiva - Decisão da
chefia médica da Petrobrás - aposentar a paciente. Há 22 anos vem se
tratando com a auto-hemoterapia. Está assintomática e deverá se
aposentar em 2005 por tempo de serviço. . 1980 - G. S. C. (F), 55 anos -
Diagnóstico - MIASTENIA GRAVIS, pelo Instituto de Neurologia - Av.
Pasteur - RJ. A paciente, atualmente, embora com a doença, vive
normalmente, toma ônibus. É a única paciente que sobrevive entre
aquelas diagnosticadas em 1980 como miastenia gravis, no Instituto de
Neurologia. . 1982 - J. da S. R. (M), 30 anos - Diagnóstico - Doença de
CROHN - Tratou-se com a auto-hemoterapia de 10ml semanais durante 1
ano. Até a data atual nenhum sintoma teve da moléstia que o acometeu em
1982. . 1990 - M. da R. S. (M), 22 anos - Doença de CROHN -
Curiosamente a moléstia começou após o paciente ser assaltado, quando
na ocasião fazia o vestibular para Odontologia. Prescrevi a
auto-hemoterapia, que foi aplicada pelo próprio pai do paciente. Até
hoje assintomático. . 1997 - R. S. (F), 35 anos - Diagnóstico - L.E.S. -
A autohemoterapia permitiu à paciente ter vida normal, viajando para o
exterior com crianças de rua que ela ensina a bailar. Em 1978, minha
filha que vive na Espanha, tinha ovários policísticos, não ovulava, era
estéril. Solicitei ao Dr. Pedro - ginecologista e obstetra - que
fizesse a autohemoterapia de 10ml semanais. Após 6 meses ela engravidou
e, repetido o exame com insuflação tubária, já não haviam mais cistos.
O Dr Pedro fez o parto de meus netos, um casal, hoje com 20 e 21 anos
respectivamente, e prosseguiu aplicando DIU ao longo de 20 anos, a fim
de evitar gravidez indesejada. . 1990 - M. D. C. (F), 24 anos - A
paciente começou a apresentar petequias e epistaxis freqüentes. Quando
apresentou otorragia, foi encaminhada a um hematologista, que
diagnosticou como púrpura trombocitopênica. Durante 6 meses foi tratada
com corticoesteróides em altas doses, até que estes não mais surtiram
efeito e as plaquetas baixaram para 10.000mm3 de sangue. O
hematologista decidiu usar quimioterápico, conseguindo a elevação das
plaquetas para níveis quase normais durante 2 meses. Os quimioterápicos
não surtiram mais efeito e a paciente foi encaminhada para um cirurgião
para se submeter a esplenectomia. A paciente se recusou quando o
cirurgião não garantiu que o fígado assumiria a função do baço. A
paciente me procurou e eu mandei aplicar a autohemoterapia. As
plaquetas se normalizaram, a paciente depois teve mais 2 filhos, e vive
vida normal com o seu baço. . 1982 - M. - (F) - A paciente aluga
cavalos para turistas em Visconde de Mauá. Foi picada por uma aranha
armadeira em sua perna direita, que gangrenou, ficando exposta a tíbia.
Foi internada na Sta. Casa de Rezende, onde foi decidida a amputação.
Já na mesa de cirurgia, a paciente decidiu que não aceitava a amputação
da perna, como preconizava o Instituto Butantã para estes casos.
Assinou termo de responsabilidade e foi liberada. Me procurou, e eu
institui a auto-hemoterapia e a lavagem da ferida com solução de
cloreto de magnésio, como fazia Pierre Delbet, cirurgião na guerra de
1914 a 1918. Em 20 dias a paciente estava curada, trabalhando com sua
perna até hoje. Esperamos que a Medicina Complementar, através de sua
Revista, divulgue uma técnica terapêutica que muito pode fazer para,
pelo menos, aliviar o sofrimento do ser humano. 2004 O artigo acima é
uma síntese sobre auto-hemoterapia, em
http://www.rnsites.com.br/aht_luiz_moura.pdf DVD - O médico Luiz Moura
explica como funciona a auto-hemotapia (assista ao video completo) em
http://video.google.com/videoplay?docid=-4554320633785209094# A
transcrição do DVD está no endereço
http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia-dvd.htm